segunda-feira, 16 de junho de 2008

Itesp faz avaliação para posse

O reconhecimento de uma comunidade quilombola é necessário para que as famílias tomem posse da terra. Em primeiro lugar, elas devem criar uma associação, devidamente registrada, para requerer a titulação do território.Feito o pedido, entra em cena a Fundação Itesp, órgão estadual responsável por identificar as áreas ocupadas pelos remanescentes de quilombos, que contrata um antropólogo para preparar um laudo sobre a comunidade.Atualmente, nas comunidades quilombolas de Ubatuba, a pesquisa é feita pela antropóloga Anna Maria de Castro Andrade, formada pela USP (Universidade de São Paulo) e fundadora da Organização Não-Governamental Apis (Ação Picinguaba Sustentável).Ela é responsável pelos laudos das comunidades localizadas na Fazenda Picinguaba e no quilombo Sertão de Itamambuca, também chamado de Cazanga. Em ambas, após quatro meses de estudos, a antropóloga encontrou indícios de ligação com o período escravocrata.Anna Maria explica que a pesquisa busca identificar basicamente dois pontos: a ancestralidade escrava da comunidade e a ligação com o território. Para tanto, levanta-se o mapa genealógico da comunidade e estabelece-se a área que deverá ser demarcada.Em Ubatuba, segundo estudos históricos, fazendas de café entre os séculos 18 e 19 utilizavam escravos que eram comprados em Paraty, no Rio de Janeiro, influente rota de comércio do ouro.

(Fonte: ValeParaibano)

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