A comunidade remanescente de quilombo da Fazenda Picinguaba, em Ubatuba, progrediu da iluminação à luz de vela para o acesso à internet em menos de um ano.Até outubro do ano passado, as cerca de 300 pessoas que pertencem à comunidade não dispunham de energia elétrica. Viviam sem geladeira, aparelho de som ou televisão. Alguns rádios à pilha eram o máximo de modernidade à disposição dos quilombolas.A vida deles mudou depois da chegada da energia elétrica através do programa 'Luz para Todos', do governo federal. Quase ao mesmo tempo, foi aberto um telecentro na comunidade, ao lado da capela de São Pedro, com 10 computadores e acesso à internet por satélite. O telecentro veio em parceria com o programa Furnas Digital.Segundo a presidente da Associação Comunidade Remanescente Quilombo da Fazenda Picinguaba, Laura de Jesus Braga, 51 anos, a luz elétrica trouxe de volta várias famílias que haviam deixado a comunidade atrás de melhores condições de vida."Eles voltaram a viver aqui e já temos pelo menos mais quatro autorizações para construção de casas na comunidade", conta Laura.Casado com uma descendente de escravos, Valter Santos Pereira, 32 anos, passou a ter geladeira, ferro de passar roupa elétrico e televisão em casa. Até secador de cabelos ele já viu na comunidade."As pessoas vão comprando os utensílios aos poucos. É tudo muito novo para a comunidade", completa a quilombola Pedrina Vieira de Assunção Pereira, 27 anos.
(Fonte: ValeParaibano)
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